quarta-feira, 8 de julho de 2009

Aprender a ensinar.

Como sabem, sou professor. E como tal, talvez um pouco mais sensível às necessidades e problemas relacionados com esta área. Por isso, e porque acredito que a formação é essencial para o futuro do Concelho, dei especial atenção ao meu projecto para o ensino.
Antes de o concluir, guardei tempo para ir conversar com os diversos agentes educativos. Numa primeira ronda reuni-me com o Agrupamento de Escolas de Seia, com a Escola Evaristo Nogueira e com o Agrupamento de Escolas Tourais/Paranhos. O Agrupamento de Escolas de Seia falou-me das dificuldades mecânicas e orgânicas necessárias para a construção do novo Centro Escolar.
A Escola Evaristo Nogueira falou-me do seu percurso desde a criação, que aliás conheço, e da evolução que a mesma tem tido num esforço de consolidação de estruturas físicas e académicas.
Esta é uma escola que, tendo um estatuto diferente das demais no concelho, serve a população estudantil de diversas freguesias da mesma forma que o fazem as demais escolas dos mesmos níveis de ensino.
Tendo pela sua frente dificuldades e desafios, entre eles encontram-se o da diminuição de alunos, problema este comum a todas as escolas do concelho, e também as diversas alterações legislativas quanto aos agrupamentos.
Estas preocupações, como outras, são encaradas pela escola com a confiança de que tudo irá correr no sentido que permita à escola manter o seu percurso de fortalecimento junto da comunidade, tal como esta tem reconhecido ao longo dos anos.
Este percurso incluirá a autarquia como parceiro privilegiado da escola, tendo em conta as crescentes competências que estas têm ao nível da educação.
O Agrupamento de Escolas Tourais/Paranhos falou-me da problemática da evolução do parque escolar, o estado de degradação de algumas escolas do 1.º ciclo e da necessidade de se definir politicamente uma solução para os anos vindouros.
A todas elas transmiti o meu reconhecimento pelo trabalho desenvolvido e falei-lhes do meu projecto, de uma politica educativa real no Concelho, que tem que passar pela dignificação do Conselho Municipal da Educação, órgão que existe mas ao qual não se dá a dignidade que merece.
É neste Conselho que tem que se perspectivar a educação nos próximos anos, debater problemas e soluções, e conseguir que ele seja o verdadeiro órgão coordenador entre todas as escolas, ao nível da oferta formativa, de actividades extracurriculares e de transportes, entre outras temáticas.
Apesar de existir, até hoje ele não tem servido estes fins, o que impede que as escolas possam estabelecer ofertas formativas desde o 2/3 ciclo até ao ensino superior. Com o meu projecto pretendo impedir que aconteça (como infelizmente já aconteceu) que alunos do concelho vão estudar para concelhos vizinhos, porque quando acabam o 9.º ano não encontram sequência formativa até ao 12.º na mesma área.
Esta função essencial pode perspectivar as áreas de formação mais úteis para a economia concelhia, pode desenvolver parcerias, coordenar actividades e melhorar a educação de forma real e com efeitos directos na economia do Concelho.

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